Viver com a Incerteza é, grosso modo, a tradução do título do livro de uma antropóloga portuguesa – Inês Hasselberg.
Este livro, fruto da sua tese de dissertação doutoral na Universidade de Sussex, aborda o impacto dos processos de deportação nos indivíduos e famílias que nele se encontram enredados. Numa linguagem clara e comovente, este livro expõe-nos aos receios, angústias, desesperos em que vive gente como nós num contexto de marginalização que os prende num presente sem futuro.
Publicado em Inglaterra pela Berghahn Books, foi este livro que angariou à editora o PROSE Awards de 2017 em Antropologia. Este prémio internacional é atribuído à editora que publicou o melhor trabalho dentro de cada disciplina (the most outstanding work among each year’s entries).É o prémio de maior prestígio internacional, concedido apenas aos melhores no seu campo. Isto significa que Inês Hasselberg é a voz que se deve ouvir em Portugal sobre esta questão tão actual da (e)migração. A nível da Europa assim é considerada, esperemos que “em casa” também o seja.
Este livro, além da sua importância científica, consegue cativar qualquer público, mesmo aquele não familiarizado com o lingo académico. Que seja esta a lição para a academia portuguesa que dele usa e abusa, excluindo com chavões o público em geral. Depois de Sussex e Oxford, Inês Hasselberg está agora em Lisboa, onde as obrigações familiares a retêm, para estudar estas mesmas questões no contexto nacional.
E agora perguntam-me vocês: mazoquéqueste postal tem de relevante? Ah… é que eu deixei o melhor para o fim: a Inês Hasselberg, É MINHA FILHA!
AL